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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DIMITRI MENDELEIEV

Resumo: Autor da Tabela Periódica dos elementos – quadro de classificação de todos os elementos químicos segundo o peso atômico de cada um deles –, Mendeleiev revolucionou o entendimento das propriedades dos átomos. Era filho caçula de uma família com 14 filhos. Apesar das dificuldades financeiras, estudou e lecionou Química em São Petesburgo (Leningrado). Começou a trabalhar na sistematização dos elementos químicos em 1860. Seu objetivo era agrupá-los segundo propriedades comuns. Há uma crença de que Mendeleiev concebeu a tabela enquanto dormia. "Eu vi em um sonho uma tabela onde todos os elementos estavam no lugar certo. Quando acordei, imediatamente coloquei tudo no papel. Foi preciso fazer apenas uma correção depois", teria dito o químico. Mendeleiev organizou os 63 elementos conhecidos até então por ordem crescente de suas massas atômicas e concluiu que havia analogia de propriedades ao fim de certos períodos - daí o quadro ter o nome de Tabela Periódica. Demonstrou que os elementos de propriedades químicas semelhantes apareciam periodicamente, dando lugar a oito grupos de elementos. A genialidade de Mendeleiev ficou comprovada justamente por sua intuição de que a periodicidade de propriedades estaria ligada à estrutura dos átomos. Para os intervalos existentes no quadro, ele previu a descoberta de outros elementos que completariam a seqüência e deduziu suas propriedades e comportamento. Mendeleiev pôde testemunhar o descobrimento de três desses elementos – gálio, escândio e germânio –, o que confirmou a lógica da Tabela. Em 1869, publicou Os Princípios da Química. A tabela original não previa os gases nobres, que ainda não haviam sido descobertos.

Completo:

Dmitri I. Mendeleev nasceu na cidade de Tobolsk na Sibéria. Era o filho caçula de uma família de 17 irmãos. Seu pai, diretor da escola de seu povoado, perdeu a visão no mesmo ano de seu nascimento. Como conseqüência perdeu seu trabalho.
Já que seu pai recebia uma pensão insuficiente sua mãe passou a dirigir uma fábrica de cristais fundada por seu avô. Na escola, desde cedo destacou-se em Ciências ( nem tanto em ortografia ). Um cunhado, exilado por motivos políticos e um químico da fábrica inspiraram sua paixão pela ciência. Depois da morte de seu pai um incêndio destruiu a fábrica de cristais. Sua mãe decidiu não reconstruir a fábrica mas sim investir suas economias na educação do filho.


Nessa época todos os seus irmãos, exceto uma irmã, já viviam independentemente. Sua mãe então mudou-se com ambos para Moscou a fim de que ele ingressasse na universidade o que não conseguiu. Talvez devido ao clima político vivido pela Rússia naquele momento a universidade só admitia moscovitas. Foram então para São Petersburgo, onde a situação era exatamente a mesma, não se admitiam estudantes de outras regiões, porém sua mãe descobriu que o diretor do Instituto Pedagógico Central ( principal escola formadora de professores da Rússia da época ) era amigo de seu finado marido, portanto, onde a burocracia frustrava o favoritismo mandava e Dmitri cosegui uma vaga. O Instituto Pedagógico Central ficava nos mesmos prédios da Universidade de São Petersburgo e tinha em seu quadro docente muitos professores da própria universidade, dentre eles o famoso físico alemão Emil Lenz. Interessou-se pela química graças ao prestigiado professor Alexander Voskresenki, que passou seus últimos anos de vida em uma enfermaria devido a um falso diagnóstico de tuberculose. Ainda assim graduou-se em 1855 como primeiro de sua classe.

Em 1859 conseguiu uma verba do governo para estudar no exterior por dois anos. Primeiro foi à Paris estudar sob Henri Regnault, um dos maiores experimentalistas europeus da época (consta que Regnault havia feito várias descobertas importantes, como o princípio da conservação de energia, mas seus estudos haviam sido destruídos e Regnault não conseguiu recuperar antes de sua morte). No ano seguinte, Mendeleev seguiu para a Alemanha estudar com Gustav Kirchoff e Robert Bubsen, inventores do espectroscópio - importante instrumento para descoberta de novos elementos daquela época - e do até hoje utilizado bico de Bunsen. O comportamento explosivo de Mendeleev tornou-se sua ruína. Com pouquíssimo tempo de convivência, brigou com Kirchoff e desistiu das aulas, porém, continuou na Alemanha onde residia em um pequeno apartamento que transformou em laboratório. Neste laboratório improvisado, trabalhando sozinho, limitou-se a estudar o dissolução do àlcool em água e fez importantes descobertas sobre estruturas atômicas, valência e propriedades dos gases. Em 1860, pouco antes de voltar à Rússia, participou do 1º Congresso Internacional de Química da Alemanha, em Karlshure, onde foi decido por influência do químico italiano Stanislao Cannizzaro que o padrão de abordagem dos elementos químicos seria o peso atômico.

domingo, 12 de outubro de 2008

HISTÓRIA DE ERNEST RUTHEFORD

Ernest Rutherford nasce em Nelson, cidade portuária da ilha sul da Nova Zelândia, o quarto filho e segundo homem de uma família de sete filhos e cinco filhas. Seu pai James Rutherford, um escocês wheelwright, emigrou para a Nova Zelândia com toda a família em 1842. Sua mãe, nascida Martha Thompson, uma professora de Inglês, que, com sua mãe viúva, também se mudou em 1855.
Ernest recebeu a sua educação em escolas públicas, aos 16 anos entrou em Nelson Collegiate School. Graduou-se em 1893 em Matemática e Ciências Físicas na Universidade da Nova Zelândia. Após ter concluído os estudos ingressou no Trinity College, Cambridge, como um estudante na investigação do Laboratório de Cavendshi sob a coordenação de J. J. Thomson. Uma oportunidade surgiu quando o lugar de professor da Física em Universidade de McGill, em Montreal, ficou vago, e em 1898 ele partiu para o Canadá, para assumir o posto. Em 1898 foi nomeado professor de Física da Universidade de McGill, em Montreal, Canadá, e em 1907, na Universidade de Vitória, Manchester.
Apesar de ser um físico, recebeu o Prémio Nobel da Química em 1908 pelas suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas.
De volta a Cambridge em 1919, Ernest Rutherfod percebeu que a carga positiva de um átomo está concentrada no centro, num minúsculo e denso núcleo, introduzindo o conceito de núcleo atômico. Desenvolve, então, a moderna concepção do átomo como um núcleo em torno do qual elétrons giram em órbitas elípticas. A liderança e o trabalho de Rutherford inspiraram duas gerações de cientistas. Baseado na concepção de Rutherford, o físico dinamarquês Niels Bohr idealizaria mais tarde um novo modelo atómico.
Revela o fenómeno da radioactividade em pesquisas feitas em colaboração com o Frederick Soddy. Em 1902, ambos distinguem os raios alfa e beta e desenvolvem a teoria das desintegrações radioactivas espontâneas.
Dentre seus companheiros de estudos, está o Dr. Edward Viriatus, psicólogo e químico.
Em 1919, realiza a primeira transmutação induzida, também conhecida como reação nuclear: converte um núcleo de azoto em oxigénio, por bombardeamento com partículas alfa. As suas experiências levam à descoberta dos meios de obtenção de energia nuclear. Tais fatos levaram a que Rutherford fosse considerado como o fundador da Física Nuclear.
Rutherford erigiu o Laboratório Cavendish desde 1919 até à sua morte.
Foi presidente da Royal Society de 1925 a 1930.
Ele recebeu a Order of Merit em 1925 e em 1931 foi condecorado Baron Rutherford de Nelson, Cambridge, um título que foi extinto depois da sua inesperada morte aguardando por uma cirurgia de hérnia umbilical. Após se tornar um Lord, ele só poderia ser operado por um médico também nobre (uma exigência do protocolo britânico) e essa demora custou a sua vida. Morre a 19 de Outubro de 1937,em Cambridge, sendo as suas cinzas foram enterradas na Abadia de Westminster ao lado de J. J. Thomson.

sábado, 4 de outubro de 2008

EINSTEIN O GÊNIO DO SÉCULO XIX

Autor da Lei da Relatividade, maior cientista do século XX e eleito pela revista Time como o homem do século, Einstein revolucionou nossa visão do Universo. Grande cientista e humanista, Albert Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1922 e foi considerado uma das maiores personalidades de toda a história.
Varias são as lendas sobre sua vida e personalidade, mas a grande maioria não passa de simples “folclore“, como por exemplo, o fato de que Einstein não conseguiu passar em matemática quando ainda era jovem; ou então que não era capaz de lembrar o endereço de sua casa ou de contar o troco correto da passagem de ônibus.


Sua vida

Albert Einstein nasceu em 1879 em Ulm, na Alemanha, de uma família judia. Logo após seu nascimento, seus pais mudaram-se para Munique onde Albert Einstein passou sua juventude. Freqüentou até os 15 anos a escola Luitpold Gymnasiun. Suas maiores notas eram em Matemática e em Latim. Desde muito jovem demonstrou uma grande capacidade de entender os conceitos matemáticos mais complexos. Aos 12 anos já conhecia a geometria de Euclides.

Quando seus pais se mudaram para Milão, Itália, Einstein continuou seus estudos na Suíça, ingressando, em 1896, na Escola Politécnica Federal, em Zurique. Lá estudou Física e Matemática, tendo se formado em 1901. Em 1905 recebeu seu Ph.D pela Universidade de Zurique, na Suíça. No mesmo ano, publicou quatro artigos de grande importância para o desenvolvimento da Física. Um deles foi sobre o efeito fotoelétrico. Segundo Einstein, sob certas condições a luz se comporta como uma partícula. Esta teoria postulava que a energia dos raios luminosos se transfere em unidades individuais chamadas quanta, contrariando as teorias anteriores que afirmavam que a luz era manifestação de um processo contínuo. Essa teoria marcou a base da atual teoria sobre a natureza da luz.

Em outro artigo, Einstein expôs a formulação inicial da teoria da relatividade que, mais tarde, o tornaria mundialmente conhecido. Einstein propôs a famosa equação E = mc2. Esta equação afirma que a massa de qualquer objeto é diretamente proporcional à sua energia (E = energia, m = massa do objeto, c = velocidade da luz).
Na época em que foram apresentadas, as teorias de Einstein, além de serem complexas eram altamente polêmicas, gerando muita controvérsia.

Albert Einstein trabalhou no Departamento de Patentes da Suíça, em 1909 e tornou-se professor em Zurique e, dois anos mais tarde, professor de Física Teórica em Praga, voltando a lecionar em Zurique em 1912. Após voltar para a Alemanha em 1914 foi indicado diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física e professor da Universidade de Berlim.
Em 1916, Einstein apresentou sua teoria geral da relatividade, na qual incluiu outras idéias, como o movimento dos corpos sob a influência da gravidade.

Em 1922, recebeu o Prêmio Nobel de Física, por seu trabalho publicado em 1905 sobre os efeitos fotoelétricos.
No entanto, a Alemanha não era um lugar onde um judeu poderia viver em paz. Após a Primeira Guerra Mundial e a devastadora derrota Alemã, o anti-semitismo tomou conta do país. Em 1920, enquanto ministrava uma de suas aulas na Universidade Berlim, Einstein assistiu a uma manifestação anti-semita e percebeu que logo teria que deixar a Alemanha. Um ano mais tarde visitou os Estados Unidos pela primeira vez, país para o qual emigraria, após renunciar à cidadania alemã, doze anos mais tarde, em 1933. Em 1940, Einstein tornou-se cidadão americano.

Na sua chegada aos Estados Unidos, Einstein assumiu o Departamento de Física da Universidade de Princeton, lecionando na mesma até 1945, quando se aposentou.

Einstein foi um sionista ativo, apoiando a criação do Estado de Israel e ajudando a arrecadar fundos para a criação da Universidade Hebraica de Jerusalém, na qual foi presidente de 1925 a 1928. Einstein doou os manuscritos de seus trabalhos científicos à universidade.
Em 1952, o primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion, convidou Einstein para assumir a presidência do país. Einstein recusou o convite alegando não estar à altura do cargo.

Einstein era judeu e sempre acreditou em Deus. Ele defendeu a idéia do cosmo como produto de uma inteligência suprema, responsável pela organização da matéria e da vida.
Ele foi casado duas vezes. O primeiro casamento acabou em divórcio e no segundo, permaneceu até sua morte.
Einstein morreu no dia 18 de abril de 1955 em Princeton, Nova Jersey. Seu corpo foi cremado e seu cérebro doado a Thomas Harvey, patologista do Hospital de Princeton.
Apesar de atuar em prol da paz ao longo de sua vida, Einstein defendeu o desenvolvimento da bomba atômica pelos Estados Unidos, com o objetivo de frear Hitler e a Alemanha nazista. Em 1939, após tomar conhecimento de que os alemães estavam dedicando-se a um sigiloso projeto que envolvia o uso de urânio, Einstein escreveu uma carta ao Presidente Roosevelt, recomendando que os Estados Unidos se dedicassem à pesquisa nuclear. Isto resultaria no Projeto Manhattan e na construção da bomba atômica.
Uma semana antes de sua morte, Einstein assinou sua última carta que foi endereçada a Bertrand Russel. Nela, ele concordava que seu nome fosse incluído em um manifesto em prol de todas as nações que abandonassem as armas nucleares.